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BLOG CRIADO PARA O ESTUDO E PESQUISA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA E DROGAS DE ABUSO, COM UMA VISÃO NEUROCIENTÍFICA, TENDO COMO OBJETIVO A PREVENÇÃO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA, ATRAVÉS DE CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO SOBRE AS SUBSTÂNCIAS DE ABUSO, VISANDO ESCLARECER OS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE, CIENTISTAS, ESTUDANTES OU PESSOAS INTERESSADAS NA ÁREA DAS CIÊNCIAS BIOMÉDICAS E DA SAÚDE, COM PARTICULAR INTERESSE EM NEUROCIÊNCIAS E DEPENDÊNCIA QUÍMICA.

sábado, 31 de agosto de 2024

O que é Crack?

 






O que é crack? 

Definições:

O crack é uma droga ilícita que age no sistema nervoso central, sendo uma substância psicoativa estimulante, derivada da cocaína.


Trata-se de uma combinação de cloridrato de cocaína, também chamado de base livre como bicarbonato de sódio ou amônia e água, assim reunindo os efeitos mais fortes da cocaína e sendo a segunda droga mais viciante do mundo, perdendo apenas para a heroína.


Não sem motivo, possui efeitos semelhantes ao da cocaína, porém de forma potencializada, mais forte e de menor duração. Os efeitos duram em média de 5 a 10 minutos.


O seu efeito mais marcante é a euforia que dura pouco e rapidamente gera a necessidade de reproduzi-la, trazendo a necessidade de mais e mais ao organismo.


O nome Crack dado a essa droga vem do barulho de estalo característico que ele produz.


O que é uma pedra de crack?



A pedra de Crack é a forma mais encontrada dessa substância, sendo uma espécie de cristal da cocaína, que pode ser consumida de forma inalada através de cachimbos, ou em utensílios improvisados para tal, assim como latas de alumínio, fazendo o que eles chamam de “tiro na lata”.


Um uso menos popular é a mistura de fragmentos dessa pedra de Crack em cigarros de nicotina e em cigarros de maconha.


A pedra de crack em sua forma mais “pura” é de cor mais esbranquiçada e com bordas mais claras.


O uso do crack no Brasil


A droga se introduziu no Brasil em meados do final da década de 1980 e início da de 1990, oficialmente a primeira apreensão dessa droga pela polícia federal deu-se no ano de 1990.


Com o passar dos anos sem uma política pública contra as drogas que fosse eficiente, o Crack se popularizou. O seu consumo se alastrou rapidamente, pois produzia efeitos ainda mais fortes e mais rapidamente que a cocaína e é muito mais barata.


A maioria que consome essa substância são os mais jovens, principalmente aqueles com histórico de consumo de múltiplas drogas, família desestruturada, possuir transtornos mentais e/ou problemas e outros crônicos.


Segundo dados do LENAD (levantamento Nacional de álcool e drogas) mais de 2 milhões de pessoas já usaram a substância em algum momento de sua vida, não sendo o bastante o Brasil é considerado o maior mercado dessa droga no mundo.


Qual é a diferença entre o crack e a cocaína?


O crack é um subproduto da cocaína, um produto derivado da pasta base da droga. O que seria a sobra do processo da cocaína é combinado com outros materiais até formar o Crack.


Apesar disso, o Crack possui uma absorção mais rápida e efeitos ainda mais fortes que a cocaína. A administração ou o modo como é ingerido também difere, sendo o Crack tipicamente fumado e a cocaína comumente inalada.


Pode se dizer que o crack é uma versão mais “suja” da cocaína, quando se fala em questão de pureza da substância, uma vez que o crack é a mistura da pasta base que sobra da produção da cocaína com bicarbonato de sódio e água, que após isso passa por um processo de decantação por aquecimento.


Por ser feito de forma clandestina acaba por conter outras substâncias desconhecidas e maléficas em suas misturas, o que pode acabar potencializando o efeito prejudicial.


Como o Crack age na mente do usuário


O crack é uma droga estimulante e traz consigo efeitos como euforia, sensação de prazer intenso, aumento de energia, aumento do fluxo sanguíneo e alterações na percepção e de pensamento.


Esses efeitos contribuem para que dores, sejam elas físicas ou psicológicas, sejam atenuadas ou completamente esquecidas durante o tempo em que o usuário está sob o efeito da substância.


Como o efeito é de curta duração, a busca por quantidades cada vez maiores da droga é comum. Apesar de outras drogas fornecerem efeitos semelhantes nesse sentido, o crack é muito mais poderoso..


Tolerância a outros tipos de drogas


Para aqueles que já costumam usar outras drogas, existe um mecanismo do corpo chamado tolerância, que faz com que o corpo vá se acostumando com as substâncias usadas e necessite cada vez.


Com o passar do tempo isso pode se tornar um grande custo financeiro, de tempo e de costume. E como o crack tem efeito potente e é barato, muitos migram para ele.


Migram também porque as drogas que usavam já não causam mais o mesmo efeito no corpo, então tentam substituí-las.


Quais são os principais sintomas do uso do crack?


Em alguns tópicos acima, já venho comentando sobre os principais sintomas, mas agora irei explicar melhor e detalhadamente cada um deles.


Essa é uma droga que possui amplos efeitos físicos e psicológicos. Seu uso abusivo ou prolongado pode causar consequências ainda mais destrutivas, como uma overdose fatal.


Aqueles que se tornam dependentes podem até mesmo deixar de comer e dormir por certo tempo, chegando a casos em que perdem 10 quilos em um mês. 


Ela compromete também o senso estético e a higiene da pessoa, que passa a se descuidar disso, pois o Crack é a única coisa que importa.


Ansiedade


Como dito anteriormente, um dos efeitos mais marcantes do crack é a euforia, acompanhada pelo aumento do fluxo sanguíneo, por isso o uso frequente da droga pode causar ansiedade.


Podendo ser desde um sentimento de ansiedade mais exacerbado, até o desenvolvimento de um transtorno mental mais grave.


Essa ansiedade será um artifício usado para a pessoa consumir cada vez mais, já que ficará sempre ansiando pelo momento do uso.


Irritabilidade


A droga também pode gerar irritabilidade, deixando a pessoa facilmente irritada e com raiva, sendo esse efeito potencializado quando o corpo não está sob efeito da substância.


O corpo age procurando uma forma de conseguir mais para manter o equilíbrio do corpo, que só pode ser alcançado pelo uso da droga.


Agitação


A agitação é gerada principalmente pelo sentimento de euforia e do aumento do fluxo sanguíneo, fazendo com que durante o efeito da pedra, a pessoa se sinta “ligada”, ou mais ativa.


Isso traz um sentimento de mais energia, então o corpo tentará se agitar para descarregar essa energia.


Insônia


Boa parte dos usuários o faz em locais específicos e escondidos, e alguns preferem fazer isso a noite para não serem flagrados. Toda a energia e agitação gerada pelo crack fará com que o indivíduo não durma.


E mesmo com o uso diurno, se o uso for recorrente, como geralmente é, o excesso de energia também pode reduzir o sono, até que uma hora o corpo entenda que não é necessário dormir, e gere a insônia.


Perda de apetite


Outro sintoma é a perda de apetite, que como citei anteriormente, pode gerar desnutrição e assim fazer com que a perda de peso seja grande em um curto período.


Além dos efeitos no peso corporal da pessoa, essa desnutrição pode ainda gerar doenças nos rins, bexiga e intestinos, pela falta de comida e dose de água reduzida.



Efeitos imediatos do uso


O crack é uma forma de cocaína que pode ser fumada e é altamente viciante, assim que o mesmo é inalado seus efeitos são sentidos de forma instantânea Os usuários que fazem o uso desta droga, vivem uma euforia intensa e rápida, popularmente chamada de rush, e com isso essa sensação vem acompanhada de hiperatividade, fazendo com que os usuários fiquem agitados e falantes.  


Mas, muitas vezes esses momentos eufóricos são seguidos por uma queda abrupta desse sentimento, levando a uma série de efeitos negativos imediatos. Muitos usuários relatam sentimentos de paranóia intensa, ansiedade extrema e agitação. 


Outro efeito imediato que traz preocupação enquanto o uso do crack é a supressão do apetite, além da desidratação. Os usuários muitas vezes perdem a vontade de comer e beber, o que causa uma deterioração rápida da saúde física. O crack também tem a capacidade de afetar o discernimento e a tomada de decisões do indivíduo, tornando os usuários mais propensos a se envolverem em comportamentos arriscados para suas próprias vidas.


Mudanças de comportamento e aparência


Outro sintoma que pode ser acompanhado no uso do crack é a mudança de comportamento, uma vez que a droga causa momentos intensos de euforia passando pelos vários efeitos neurológicos e psicológicos da droga. Sendo assim, quando o efeito da droga diminui o usuário pode apresentar irritabilidade, ansiedade, e agitação.


Além disso, o crack promove uma depreciação das habilidades cognitivas, fazendo a tomada de decisão, o foco, o desempenho serem totalmente prejudicados, alterando a qualidade de vida do usuário.


Com isso além da mudança de comportamento, existe também a mudança na aparência, o crack suprime o apetite do indivíduo alterando sua alimentação, deixando-o desnutrido, com seus ossos aparentes e além do mais esta droga também ocasiona problemas dentários, fazendo o esmalte dos dentes se desgastar, causando sua deterioração.


Como o crack age no organismo?


O crack age primordialmente sobre o sistema nervoso central e sobre o sistema cardíaco, gerando efeitos físicos e psicológicos, podendo afetar inclusive coração, rins, pulmões, intestino, pele e a área neurológica da pessoa.


O crack começa sua ação pelo sistema nervoso central, estimulando a atividade cerebral, dando uma maior sensação de autoconfiança, isso acontece principalmente pela liberação de certos hormônios, como a dopamina e a adrenalina.


A dopamina é o hormônio do bem-estar e do prazer, e nessa situação é quem provoca a euforia, ansiedade, agitação e autoconfiança, aliado ao efeito da adrenalina que traz consigo a perda de apetite, irritabilidade e aumento da pressão arterial.


A fumaça ainda ataca todo o sistema respiratório, podendo gerar tosse, falta de ar e aumento na chance de pneumonia e tuberculose.


– Por que o crack vicia o usuário?


O crack possui a mesma substância ativa da cocaína e assim como ela, atua nos neurotransmissores e no sistema de recompensa do cérebro, neurotransmissores como a dopamina e noradrenalina.


Esses neurotransmissores são responsáveis pelo prazer, bem-estar, humor e concentração. A droga os atinge de forma exacerbada, num nível tão elevado que seu cérebro pode ficar refém do efeito químico e sentir vontade de repeti-lo.


A repetição do efeito afetará o psicológico também, fazendo com que com poucos usos a pessoa fique quimicamente e psicologicamente viciado na droga.


– Por que o crack faz emagrecer?


Um dos sintomas do Crack é gerar alterações no apetite e no ciclo de sono, dessa forma a pessoa passa a comer menos e ter problemas de sono excessivo ou insônia.


O usuário muitas vezes fica fissurado pelo efeito do crack e pode passar dias fora de casa se alimentando mal e dormindo pouco ou mal. O dependente acaba emagrecendo, pois o efeito da droga é tão forte que a pessoa se esquece de fazer coisas básicas como comer e dormir.


O uso do crack pode levar à overdose?


Overdose é o consumo em uma dose muito mais alta do que o recomendado em um determinado período.


Obviamente, se alguém consumir altas dosagens de crack pode sofrer uma overdose levando à morte. 


Sendo uma droga que facilmente pode levar a um consumo desenfreado, o risco de overdose é alto.



sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O que são Opioides e por que estes Medicamentos causam vício?

 

Os opioides, como são conhecidas todas as substâncias derivadas da papoula de ópio, são analgésicos e sedativos extremamente potentes, que também provocam uma sensação exagerada e momentânea de bem-estar. Por conta disso, se tornam suscetíveis ao uso recreativo e indevido, levando facilmente à dependência e ao vício.


Existem vários tipos de analgésicos opioides, que também podem ser chamados de opiáceos. Geralmente são prescritos para dores moderadas ou extremas, quando analgésicos comuns, como paracetamol ou ibuprofeno não conseguem controlar a aflição do paciente. Exemplos comuns incluem a dor após cirurgias ou acidentes de carro e no tratamento de câncer.


Se forem usados apenas para tratar um episódio breve de dor intensa, há poucas chances dos opioides causarem dependência química. No entanto, se um paciente utilizar esses medicamentos durante muito tempo para cuidar de dores crônicas, o risco de vício aumenta. Com efeito analgésico e sedativo, esta classe de medicamentos pode levar à dependência química.

Nos últimos anos, vários países estão sofrendo com uma série de overdoses e mortes causadas por medicamentos utilizados, inicialmente, no tratamento da dor. Os números assustam: segundo pesquisa divulgada pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), 300 pessoas morrem por dia nos Estados Unidos devido ao uso de fentanil, opióide considerado 50 vezes mais potente que a heroína.


Dependência Química de Opioides.


Os opioides se conectam aos receptores específicos presentes no cérebro, na medula espinhal, no intestino e em outras regiões do corpo. Desse modo, conseguem mudar a maneira com que o paciente sente a dor, causando efeito analgésico.


Também alteram a forma com que a dor é sentida, além de aumentar a resistência à dor. Outro efeito muito comum é uma sensação profunda de euforia: a pessoa passa a ter um sentimento potente de contentamento, felicidade e bem-estar. Em alguns casos, também pode apresentar agitação.


Quais são os tipos de opioides?


É possível classificar esses medicamentos da seguinte forma:


• Opioides fracos: como a codeína e a di-hidrocodeína


• Opioides fortes: como tramadol, fentanil, morfina, oxicodona e metadona


Mesmo que os opioides estejam classificados da mesma forma, eles podem variar em força e efeito. O fentanil e a morfina, por exemplo, são considerados muito mais potentes do que o tramadol.



O uso prolongado de opioides pode causar tolerância. Ou seja, o medicamento deixa de funcionar tão bem quanto no início e a pessoa passa a precisar de uma dose mais alta para tratar a dor.


Com o tempo, a tolerância é capaz de levar à dependência química.


Como esses medicamentos afetam o nosso corpo e quais são os efeitos?


Os opioides se conectam aos receptores específicos presentes no cérebro, na medula espinhal, no intestino e em outras regiões do corpo. Desse modo, conseguem mudar a maneira com que o paciente sente a dor, causando efeito analgésico.


Também alteram a forma com que a dor é sentida, além de aumentar a resistência à dor. Outro efeito muito comum é uma sensação profunda de euforia: a pessoa passa a ter um sentimento potente de contentamento, felicidade e bem-estar. Em alguns casos, também pode apresentar agitação.


Mesmo que os opioides estejam classificados da mesma forma, eles podem variar em força e efeito. O fentanil e a morfina, por exemplo, são considerados muito mais potentes do que o tramadol.


A prescrição depende dos sintomas apresentados pelo paciente, das características e da intensidade da dor, além das análises médicas.


Quem pode precisar de opioides para aliviar a dor?


Os opioides são prescritos para pessoas que apresentam dores momentâneas (quadros agudos) ou crônicas.


As dores agudas geralmente são resultantes de traumas ou acidentes, que ocorrem ao cair, bater alguma parte do corpo ou quebrar um osso. Repentinas e de breve duração, são solucionadas quando o problema que as geram é resolvido. Esse tipo de dor também pode resultar de:


• Cálculo renal


• Queimaduras


• Entorses ou distensões


• Enxaqueca


• Infecções


• Cirurgias


Já as dores crônicas se repetem ou duram mais de três meses. Geralmente estão associadas a doenças crônicas, como:


• Câncer


• Artrite


• Artrose


• Diabetes


• Fibromialgia


• Endometriose


O uso prolongado de opioides pode causar tolerância. Ou seja, o medicamento deixa de funcionar tão bem quanto no início e a pessoa passa a precisar de uma dose mais alta para tratar a dor.


Com o tempo, a tolerância é capaz de levar à dependência química.


Riscos e consequências da dependência de opioides


Um dos maiores problemas quanto à prescrição médica de opioides é a tolerância e a dependência química. É importante dizer que estar dependente do medicamento não significa que o paciente está viciado, mas sim que ele pode apresentar sintomas de abstinência caso o uso seja interrompido repentinamente.


As crises de abstinência são caracterizadas por:


• Tremores


• Espasmos musculares


• Ansiedade e anseio de tomar o remédio


• Agitação


• Aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial


• Febre


• Calafrios


• Náuseas e vômitos


• Diarreia


• Perda de apetite


• Dores musculares em todo o corpo


• Insônia


• Bocejos


• Câimbras na região da barriga



Efeitos colaterais comuns dos opioides


Assim como qualquer tipo de medicamento, os opioides causam efeitos colaterais. Quanto mais forte for o opiáceo, a tendência é que os sintomas indesejados sejam piores. Isso inclui:


• Sonolência e cansaço


• Náuseas e vômitos


• Tontura e desmaios


• Constipação intestinal (dificuldade em evacuar)


• Alucinações e outras alterações mentais, como pesadelos


• Confusão mental (principalmente em idosos)


• Coceira (prurido)


• Rubor facial (vermelhidão súbita da pele)


• Respiração lenta


• Dificuldade para urinar


Diferença entre vício e dependência química: a linha tênue entre o uso analgésico e recreativo


A dependência está ligada à necessidade do corpo físico ou mental de ter contato com as substâncias opiáceas. Isso pode acontecer, inclusive, com qualquer paciente que utilize as doses prescritas pelo médico, sem apresentar qualquer indício de abuso.


Nesses casos, o indivíduo continua tomando a medicação para não ter sintomas de abstinência e, também, para aliviar as dores que sente (as mesmas que levaram ao uso inicial do opioide). É possível tratar a dependência química com a diminuição gradual das doses, fazendo com que o organismo se acostume aos poucos.


O vício, por outro lado, é um desejo excessivo e praticamente incontrolável em ter os efeitos dos opioides no corpo. Trata-se de um comportamento compulsivo, em que a pessoa pode deixar de pensar nas consequências dos seus atos, muda a sua postura e fica em constante procura pela droga.


Indivíduos viciados tendem a aumentar as doses por contra própria e escalonar os tipos de opioides utilizados. Por exemplo, a pessoa pode iniciar tomando codeína e partindo para o uso de drogas mais fortes, como morfina ou fentanil, considerado o opioide mais potente disponível para seres humanos.


Nesses casos, muitas vezes continuam sentindo desejo pelos opiáceos mesmo após a diminuição das doses. O vício é considerado uma condição psiquiátrica, que deve ser tratada por meio de reabilitação.


Overdose e mortes: por que os opioides preocupam?


O uso indiscriminado de opioides potentes, sobretudo o fentanil e a heroína (que também é uma classe de opiáceos, embora não seja legalizada) leva a quadros de overdoses.


Vários países estão sofrendo com a crise causada por essas drogas, em especial os Estados Unidos. De acordo com órgãos de saúde estadunidenses, em 2022, o país atingiu a marca de 100 mil mortes por overdose, sendo que 66% dos casos foram causados pelo abuso de fentanil.


No Brasil, ainda não há dados que confirmem uma possível crise causada por esses medicamentos. No entanto, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam para o crescimento da demanda por opioides sintéticos dentro e fora das farmácias. Em outro estudo feito pela própria Fiocruz, foi revelado que cerca de 4,4 milhões de pessoas fizeram o uso de opioides sem prescrição médica.


Como buscar ajuda para dependentes e viciados em opioides?


Pessoas viciadas em opioides precisam procurar ajuda especializada para voltar a viver bem e sem a fissura pela droga. A melhor maneira é por meio de uma reabilitação segura, que envolva terapias comportamentais com psicólogos e psiquiatras, e a prescrição de remédios que combatam os sintomas de abstinência.


Pacientes com dependência dos opiáceos devem consultar o médico que prescreveu a medicação para fazer um acompanhamento e diminuir as doses gradualmente.


Overdoses causadas por essas substâncias podem ser revertidas pela aplicação imediata de um medicamento chamado naloxona. Esse remédio se conecta aos receptores e bloqueia o efeito dos opiáceos. Caso você presencie uma suspeita de overdose, o recomendado é ligar para um serviço de emergência médica.




O que é Ecstasy?

 

O Ecstasy conhecido popularmente como droga do amor, trata-se de uma substância psicoativa, classificada quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina ou MDMA. 

A bala ecstasy ficou bastante popular como droga do amor por aumentar a percepção de cores e sons, e também por expandir a sensibilidade física do usuário. 

O ecstasy é considerado uma droga recreativa e conta com metilenodioximetanfetamina como princípio ativo. Esse ativo tem o poder de aumentar o estado de euforia, além de trazer sensação de prazer e felicidade ao usuário. 

Apesar de ser uma droga que oferece sensações positivas ao usuário, a bala ecstasy é extremamente perigosa, capaz de causar desidratação e elevação da temperatura do corpo, efeitos que podem levar a derrames cerebrais e ao óbito.

Seus efeitos eufóricos têm duração de 4 a 8 horas, isso mesmo quando ingerida oralmente ou injetada. Mesmo com efeitos que podem trazer sensação de bem-estar ao usuário, é uma droga bastante perigosa que pode levar à morte.

Quais são os efeitos do Ecstasy no corpo? 

No Ápice dos efeitos do ecstasy, podem surgir sintomas perigosos, que por conta da sensação de bem-estar da substância, são ignorados pelo usuário. Entre os efeitos perigosos estão: 

• Náuseas;

• Desidratação;

• Hipertermia;

• Hiponatremia;

• Hipertensão;

• Surtos psicóticos;

• Entre outros.

A bala de ecstasy quando ingerida com bebidas alcoólicas, ainda pode resultar em choque cardiorrespiratório e levar à morte. 

Efeitos psicológicos e comportamentais da droga conhecida como “bala”

Muito conhecido também como “bala”, o ecstasy pode causar danos psicológicos e comportamentais no usuário dessa droga. 

Isso acontece porque o excesso de produção de serotonina provocado pelo ecstasy, traz graves lesões nas células nervosas do corpo, comprometendo o seu funcionamento. A bala pode causar danos como:

• Morte súbita por colapso cardiovascular;

• Ataques de pânico;

• Perda de memória;

• Dificuldade de tomar decisões;

• Depressão profunda;

• Paranoias;

• Alucinações;

• Despersonalização;

• Impulsividade;

• Perda do autocontrole;

• Entre outros danos.

Tipos de Ecstasys comuns

Os tipos mais comuns de ecstasy, são: metilenodioxietanfetamina (mdea); metanfetaminas; anfetamina; paracetamol; cafeína e ketamina.

Quanto tempo o Ecstasy fica no corpo?

É possível encontrar ecstasy no organismo até 180 dias depois do uso. Na urina encontra-se a droga até quatro dias depois, nos cabelos pode ser encontrado até 90 dias depois e nos pelos corporais, até 180 dias.


sábado, 14 de janeiro de 2012

O USO ABUSIVO DE DROGAS LÍCITAS











Primeiramente vamos definir o que se entende por Droga.

Droga (do francês drogue, provavelmente do neerlandês droog, "seco, coisa seca"), narcótico, entorpecente ou estupefaciente são termos que denominam substâncias químicas que produzem alterações dos sentidos.

Droga, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções.

Droga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária;

Droga é a substância ou matéria da qual se extrai ou com a qual se prepara determinado medicamento. Exemplo: folha de boldo é uma droga, cujo extrato é utilizado em medicamentos.

Droga x Medicamento

Medicamento é o conjunto do princípio-ativo (substância que causa um efeito biológico específico) mais adjuvantes. Por exemplo, um comprimido de ácido acetil-salicílico é um medicamento, que é composto pelo ácido acetil-salicílico(o princípio-ativo) mais outras substâncias, como amido, que não exercem efeito mas participam da fórmula.
Percebe-se, contudo, nos textos médicos atuais, uma clara tendência de conferir à palavra droga o mesmo significado de fármaco, sobretudo quando se trata de substância química sintetizada pela indústria farmacêutica.

Drogas Lícitas

Drogas lícitas são drogas que tem a sua produção e seu uso permitidos por lei, sendo liberadas para comercialização e consumo, tais como as bebidas alcoólicas e cigarros.
Observa-se aqui que o fato de serem liberadas não significa que não tenham algum tipo de controle governamental, bem como não provoquem algum prejuízo à saúde mental, física e social. Isto dependerá de múltiplos fatores tais como quantidade, qualidade e frequência de uso.

As drogas lícitas mais consumidas pela população em geral são: álcool, tabaco, benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade ou induzir o sono); xaropes (remédios para controlar a tosse e que podem ter substâncias como a codeína, um derivado do ópio); descongestionantes nasais (remédios usados para desobstruir o nariz) os anorexígenos (utilizados para reduzir o apetite e controlar o peso);Suplementos alimentares e os anabolizantes (hormônios usados para aumentar a massa muscular).

Drogas Ilícitas

Droga ilícita é toda e qualquer substância química proibida por lei. Note-se que algumas drogas, ilícitas em determinados países (como o álcool em determinados estados muçulmanos) são permitidas e de uso corrente em países onde o seu uso é aceito culturalmente.

Dependência e Abuso de Drogas

A dependência e o abuso de drogas vai além das drogas de abuso ilícitas. Muitas pessoas abusam de drogas lícitas prescritas ou de venda livre, muitas vezes levando a resultados trágicos.

Da mesma maneira que as drogas ilícitas, o uso abusivo das drogas lícitas é responsável pela estatística dos atendimentos de emergência e de mortes relacionadas a overdose causada pelo uso excessivo destes medicamentos.

O abuso de medicamentos prescritos ou de venda livre "especialmente os analgésicos e os tranqüilizantes" está aumentando significamente e muitas vezes são usados sem a indicação clínica correta ou mesmo sem finalidade médica nehuma, sendo que os analgésicos e os tranqüilizantes são usados de forma abusiva.

De acordo com recente pesuisa feita nos EUA, os medicamentos mais abusados hoje em dia são os Tranqüilizantes, os Analgésicos Opioides e a Ritalina.

Dentre os tranqüilizantes abusados, o Alprazolam é o mais utilizado atualmente. O Alprazolam é um medicamento prescrito para o tratamento dos Transtornos de Ansiedade Generalizada (TAG) e também é utilizado no tratamento da Síndrome do Pânico, porém muitas pessoas usam o medicamento com a finalidade de experimentar uma sensação de bem-estar eufórico (High) causada pelo uso abusivo do Alprazolam.

Outros tipos de medicamentos utilizados de forma abusiva são os Analgésicos, dentro dos quais o mais utilizado de forma abusiva é o Oxycontin TM, nome comercial do Oxycodone hydrochloride, que não é comercializado no Brasil e é indicadpara o tratamento e o alívio da dor causada pela Artrite, Bursite, Câncer, Contusões, etc... O Oxycodone é um Analgésico Opióide (Narcótico) e o motivo para as pessoas fazerem uso deste medicamento sem propósito médico é para obter uma sensação de bem-estar eufórico semelhante a sensação de bem-estar eufórico causada pelo uso da Heroína. Vale ressaltar que uma overdose acidental pelo uso excessivo deste medicamento na intenção de experienciar esta sensação de bem-estar eufórico é um risco real para os usuários e pode até levar a morte.

Outra recente pesquisa também feita nos EUA evidenciou também o uso do medicamento Ritalina para fins de abuso. A Ritalina é uma droga estimulante e é prescrita para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e é freqüentemente utilizada entre algumas pessoas de forma abusiva com a finalidade de obter uma sensação de euforia, aumentar a vigilância, habilidade em focar melhor (ter mais atenção nas tarefas) e supressão do apetite.

Atualmente nos EUA sabemos que as overdoses relacionadas ao abuso de drogas tem matado mais pessoas que os acidentes de trânsito. O alarmante aumento de prescrições médicas de analgésicos e Tranqüilizantes e a obtenção de medicamentos de venda livre certamente continuarão causando overdoses e mortes. Estes medicamentos controlados ou de venda livre tem sido usados mais que as drogas ilícitas, exceto pela Cannabis (Maconha). A não ser que as pessoas comecem a entender como estes medicamentos são perigosos quando são usados abusivamente ou acidentalmente em excesso, O número de intoxicações por overdose e de mortes continuarão a crescer.

Apesar de no Brasil não haver uma estatística sobre este assunto, até onde sei, espero que estas informações sejam úteis para as pessoas na conscientização do uso racional dos medicamentos e na prevenção das intoxicações e overdoses medicamentosas.

sábado, 4 de junho de 2011

OXI OU OXIDADO - MECANISMOS DE AÇÃO
















O Oxi, abreviação de Oxidado, como é conhecido por seus usuários, é uma variante do crack. Possivelmente uma das mais potentes e perigosas drogas conhecidas, o oxi é uma droga derivada da cocaína mais potente e letal do que o crack. A droga é uma mistura de base livre de cocaína, e é feita a partir da folha de coca lacerada e misturada à cal virgem e querosene. A diferença é que, na elaboração, ao invés de se acrescentar bicarbonato e amoníaco ao cloridrato de cocaína, como é o caso do crack, adiciona-se querosene ou cal virgem para obter o oxi. (Muitas das vezes adiciona-se alternativamente gasolina, diesel e até solução de bateria -, cal e permanganato de potássio). Como o crack, o oxi é uma pedra, só que branca, e é fumado num cachimbo. A diferença é que é mais barato e mata mais rápido. A pedra tem 80% de cocaína, enquanto o crack não passa de 40%. A pedra age rápido: viciados dizem que não leva 20 segundos para sentir um "barato" e que em cinco minutos a pessoa já está com vontade de usar de novo. Fumado, geralmente em latas de bebida ou em cachimbos como os que servem para o crack, o oxi tem potencial para viciar logo na primeira vez. O oxi não precisa de laboratório para ser produzido, e isso facilita a expansão da droga.


OS EFEITOS DO OXI NO ORGANISMO HUMANO

A fumaça da droga é aspirada, chega aos pulmões e cai na corrente sangüínea. No cérebro, cria prazer de curto prazo agindo rápido (20 segundos para sentir prazer ou um “barato” segundo usuários), porém, em cinco minutos, a pessoa já está com vontade de usar de novo, o que leva a uma rápida falência dos órgãos e sistemas do corpo humano.


EFEITOS DO OXI EM ALGUNS ÓRGÃOS DO CORPO HUMANO

Boca - A fumaça do Oxi é aspirada. Na boca, provoca a perda de dentes, queimadura nos lábios e necrose de tecidos.

Pulmões – Os alvéolos dos pulmões levam as substâncias da fumaça à corrente sangüínea. O pó de cal provoca Enfisema.

Sistema Circulatório – No sangue, o Oxi leva 8 segundos para chegar ao Cérebro.

Cérebro – No Cérebro, a droga aumenta a concentração da substância responsável pelo prazer, a Dopamina. O uso do Oxi pode provocar AVC (Derrame), perda de memória, dificuldades de raciocínio e concentração.

Coração – O Oxi eleva os batimentos cardíacos e estreitamento dos vasos sangüíneos, o que aumenta o risco de hipertensão arterial e IAM (Infarto Agudo do Miocárdio).

Estômago – A inalação da droga leva a vômitos e diarréias.

Fígado e Rins – Eliminar as toxinas da droga sobrecarrega os órgãos, levando a inflamações.

terça-feira, 26 de abril de 2011

ENDORFINAS

MECANISMOS DE AÇÃO DAS ENDORFINAS



As Endorfinas são peptídeos envolvidos na redução natural da dor e na recompensa. Na década de 1970, Candace Pert e Solomon Snyder descobriram que as drogas opiáceas como a heroína e a morfina se uniam a receptores no cérebro, o que levou à descoberta de substâncias que ocorrem naturalmente e se unem a estes sítios receptores. Estas substâncias foram chamadas de endorfinas (abreviação de “morfina endógena”, em inglês endogenous morphine).


As endorfinas são parte da defesa natural do corpo contra a dor. A dor é útil porque sinaliza que o animal está ferido ou em perigo e, portanto deve tentar escapar ou se retrair. Mas a dor também pode interferir no funcionamento adaptativo. Se a dor impedisse os animais de se engajarem em comportamentos como comer, competir e acasalar, eles não conseguiriam passar adiante seus genes. Os efeitos analgésicos das endorfinas ajudam os animais a se engajar nestes comportamentos mesmo quando sentem dor. Nos seres humanos, a administração de drogas que se unem aos receptores de endorfinas, tal como a morfina, reduz a experiência subjetiva de dor. As pessoas ainda sentem dor, mas relatam um distanciamento: elas sabem da dor, mas não a experienciam como aversiva (Foley, 1993). Aparentemente, o que acontece é que a morfina altera a maneira pela qual a dor é experienciada, embora não bloqueie os nervos que transmitem sinais de dor.

As endorfinas podem explicar o efeito placebo. Um placebo é uma substância neutra como a água, que não possui nenhum efeito farmacológico. No entanto, as pessoas que estão sendo tratadas para a dor com um placebo podem relatar alívio simplesmente porque esperam alívio. Em um clássico relatório publicado na década de 1950, 4 de cada 10 pacientes cirúrgicos relataram um alívio satisfatório da dor após uma injeção de água salgada (Lasagna et al., 1954). Os efeitos do placebo são reais; a administração de um placebo leva a mudanças fisiológicas, como mudanças no ritmo cardíaco e na digestão. Quando as pessoas tomam uma medicação e esperam ter alívio, mecanismos liberam endorfinas, que confirmam as expectativas.

As endorfinas estão associadas ao humor eufórico, o que pode explicar porque drogas como a heroína ou a morfina, que imitam as endorfinas ao se unir aos seus receptores, são tão aditivas. As endorfinas também podem explicar o “barato do corredor”, a experiência que os corredores têm quando impulsionam o corpo além do tolerável, e a dor se transforma em prazer. Uma teoria é que o corpo produz endorfinas para lidar com a dor antecipada; quando a dor não se materializa ou é menor que o esperado, o resultado é o prazer. A queda livre e outras atividades de alto risco podem ser prazerosas por razões semelhantes (Jones e Ellis, 1996).



ENDORPHINS 
  
Endorphins ("endogenous morphine") are endogenous opioid peptides that function as neurotransmitters. They are produced by the pituitary gland and the hypothalamus in vertebrates during exercise, excitement, pain, consumption of spicy food, love and orgasm, and they resemble the opiates in their abilities to produce analgesia and a feeling of well-being.

The term "endorphin" implies a pharmacological activity (analogous to the activity of the corticosteroid category of biochemicals) as opposed to a specific chemical formulation. It consists of two parts: endo- and -orphin; these are short forms of the words endogenous and morphine, intended to mean "a morphine-like substance originating from within the body."

The term endorphin rush has been adopted in popular speech to refer to feelings of exhilaration brought on by pain, danger, or other forms of stress, supposedly due to the influence of endorphins. When a nerve impulse reaches the spinal cord, endorphins are released which prevent nerve cells from releasing more pain signals. Immediately after injury, endorphins allow animals to feel a sense of power and control over themselves that allows them to persist with activity for an extended time.


Mechanism of action

β-endorphin is released into blood from the pituitary gland and into the spinal cord and brain from hypothalamic neurons. The β-endorphin that is released into the blood cannot enter the brain in large quantities because of the blood-brain barrier so the physiological importance of the β-endorphin that can be measured in the blood is far from clear. β-endorphin is a cleavage product of pro-opiomelanocortin (POMC) which is also the precursor hormone for adrenocorticotrophic hormone (ACTH). The behavioural effects of β-endorphin are exerted by its actions in the brain and spinal cord, and probably the hypothalamic neurons are the major source of β-endorphin at these sites. In situations where the level of ACTH is increased (e.g. Cushing’s Syndrome), the level of endorphins also increases slightly.

β-endorphin has the highest affinity for the μ1 opioid receptor, slightly lower affinity for the μ2 and δ opioid receptors and low affinity for the κ1 opioid receptors. μ opioid receptors are the main receptor through which morphine acts. Classically, μ opioid receptors are presynaptic, and inhibit neurotransmitter release; though through this mechanism, they inhibit the release of the inhibitory neurotransmitter GABA, and disinhibit the dopamine pathways, causing more dopamine to be released. By hijacking this process, exogenous opioids cause inappropriate dopamine release, and lead to aberrant synaptic plasticity, which causes addiction. Opioid receptors have many other and more important roles in the brain and periphery however, modulating pain, cardiac, gastric and vascular function as well as possibly panic and satiation, and receptors are often found at postsynaptic locations as well as presynaptically.
 

 Etymology

From the Greek: word endo "ενδο" meaning "within" (endogenous, Greek: ενδογενής, "proceeding from within") and morphine, from Morpheus, Greek: Μορφέας, the god of dreams in the Greek mythology, thus 'endo(genous) (mo)rphine’. 
 
 History 
 
Opioid neuropeptides were first discovered in 1974 by two independent groups of investigators:
John Hughes and Hans Kosterlitz of Scotland isolated — from the brain of a pig — what they called enkephalins (from the Greek εγκέφαλος, cerebrum).
Around the same time in the calf brain, Rabi Simantov and Solomon H. Snyder of the United States found what Eric Simon (who independently discovered opioid receptors in the brain) later termed "endorphin" by an abbreviation of "endogenous morphine", which literally means "morphine produced naturally in the body". Importantly, recent studies have demonstrated that diverse animal and human tissues are in fact capable of producing morphine itself, which is not a peptide.


¿Qué son las endorfinas?

 Las endorfinas son moléculas producidas por el Sistema Nervioso en respuesta a una variedad de estímulos, y se postula que serían ellas la cura que usa el organismo para los altos niveles de estrés.

Todo empezó con la investigación sobre las drogas, cuando se observó que el opio, la morfina o la heroína producían sus efectos tras encajar en unos receptores específicos en las células. Pero dado que el organismo no tiene receptores más que para lo que produce, un equipo de investigadores intuyó la existencia de sustancias internas similares a estas drogas. La investigación dió como fruto el descubrimiento de unas proteínas, las endorfinas (“endo-morfinas”), responsables de las sensaciones de bienestar, placidez, alegría, placer, ganas de vivir. Es el sustrato bioquímico de la “sal de la vida”.

El estrés y el dolor son los estímulos más comunes que llevan a la liberación de las endorfinas. En el caso del dolor las endorfinas actúan sobre sus receptores en el cerebro para reducir la percepción de este dolor y causar analgesia. El mecanismo de acción y los receptores involucrados son los mismos que utilizan la morfina y la codeína, y es por esta razón que estas drogas producen una fuerte analgesia. La única diferencia es que con las endorfinas no se crea dependencia y con los opiáceos (morfina, codeína) si.

Además del efecto de disminución del dolor, la secreción de las endorfinas lleva a una sensación de euforia, modulación del apetito, liberación de hormonas sexuales, y fortalecimiento de la respuesta inmune.

Los niveles de endorfinas varían de un individuo a otro, significando esto que si ambos ejercitan el mismo tiempo o sufren el mismo dolor, no necesariamente tendrán la misma secreción de endorfinas. Algunas comidas, como el chocolate, generan una mayor liberación de endorfinas. Esto explica como ciertos sujetos ante situaciones de estrés sienten una necesidad imperiosa de comer cholote.

Situaciones en las que se liberan endorfinas...
Algunos investigadores sostienen que existe liberación de endorfinas durante el ejercicio físico. Esto se nota claramente cuando terminamos de hacer algún deporte por la sensación de bienestar que nos inunda.

Se postula que durante el orgasmo, no importando la manera en que se consigue, hay liberación de endorfinas, y esto contribuiría a la sensación de placer que se experimenta durante el mismo.

Se piensa que durante los accesos de risa se liberarían endorfinas, explicando el placer que experimentamos al hacerlo.

Estas “moléculas de la felicidad” constituyen pues un puente entre mente, emociones y cuerpo, y favorecen de un modo natural, inocuo, autónomo y muy barato los mecanismos internos de curación. También inciden en nuestra capacidad para disfrutar de la vida y afrontar con optimismo las vicisitudes diarias, con un efecto de “ida y vuelta”: el buen humor promueve la producción de endorfinas, y éstas a su vez promueven el buen humor. Es una auténtica botica de “medicina natural interna” cuyo estímulo, afortunadamente, depende en gran medida de cada uno.


 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

NEUROFARMACOLOGIA DA NICOTINA


MECANISMOS DE AÇÃO DA NICOTINA NO CÉREBRO HUMANO

Fumar é a única forma de administrar uma droga como a nicotina, que atravessando os pulmões invade o sistema arterial sem passar pela circulação venosa. Após a tragada, atinge o cérebro entre 7 e 19 segundos, geralmente. Os tabagistas que fumam 20 cigarros (1 maço) por dia, tragando em média 10 vezes por cigarro, realizam 200 impactos de nicotina no cérebro, totalizando 73 mil por ano. Os fumantes de apenas 1 cigarro diariamente recebem 3.650 impactos de nicotina nos centros nervosos em um ano. Com nenhuma outra droga ocorre ação nociva tão massificante. Comprova-se a dispersão de nicotina por radiotraçadores de emissão de positrons, sobre o cérebro e periferia do sistema nervoso . No cérebro propaga-se a todas as áreas, centros, até o córtex. A nicotina age sobre o sistema mesolimbico-dopaminico. São atingidos inclusive os neurônios dopaminérgicos do nigroestriado, centros como tálamo, hipotálamo, hipocampo, nucleoacumbens, córtex e tronco cerebral. O núcleo acumbens não tem estrutura uniforme. O núcleo central é envolvido por uma camada celular morfologicamente diferente, com repostas distintas à nicotina. Há consenso de que a nicotina exerce seus impactos sobre o cérebro interagindo com a gama de receptores colinérgicos expressados nas membranas de muitos neurônios. Os receptores nicotínicos foram demonstrados no cérebro de humanos e animais mamíferos, nas ligações neurológicas, por meio de hibridização “in situ” e técnicas imunohistoquímicas. A grande heterogeneidade dos receptores cerebrais nicotínicos foi identificada por meio da biologia molecular. Os receptores nicotínicos acetilcolinicos – nAChRs – constituem larga família e estão distribuídos no cérebro, nas regiões periféricas e centrais, ligando canais de estruturas e propriedades diversas. A nicotina interage com todo o sistema nAChRs, que também tem interligações com diversos sistemas de elaboração de neurotransmissores, principalmente como dopamínico e os de elaboração de neuropeptides e serotonina. A nicotina também atua sobre o sistema simpático e parassimpático, sistemas endocrínicos e neuroendocrínicos e gânglios autonômicos, adrenal (medula e córtex), e liga-se a receptores pré-sinápticos, neurônios periféricos e sinapses neurovasculares. Os diversos centros, receptores específicos da nicotina, liberam hormônios psicoativos, neurotransmissores e neuroreguladores com atividades farmacológicas várias: dopamina, acetilcolina, epinefrina, norepinefrina, serotonina, beta-endorfina, vasopressina, hormônios adrenocorticotrópicos (ACTH). Os mais importantes são de intensa ação farmacodinâmica e, inclusive, os mais estudados são a dopamina e acetilcolina. A ação da nicotina sobre o sistema mesolímbico, os neurônios dopaminérgicos do nigroestriado e o nucleus acumbens desencadeia uma das mais intensas respostas neurogênicas. Estudos em ratos evidenciam que o sistema mesolímbico dopaminérgico é o centro do mecanismo da resposta à nicotina. Nos referidos centros há grande liberação de dopamina que produz estado euforizante e prazeroso, constituindo um dos principais componentes do processo da dependência. As respostas dopamínicas são de intensidades variáveis porque existem diversas subunidades de neurônios mesolímbicos estando já caracterizados – a³, a4, a5, b². Para a resposta dopamínica, também é muito relevante a ação nicotínica sobre os receptores de acetilcolina. Estes têm subunidades de neurônios receptores colinérgicos, entre eles a², a9, B², B4, os quais localizam-se em áreas distintas cerebrais, inclusive no nucleus acumbens e no hipocampo, com sensibilidade variável a agonistas nicotínicos, resultando ações farmacológicas diferentes.

Quando uma dessas subunidades se insensibilizam após a recepção de uma dose de nicotina, outras entram no seu reconhecimento mantendo a continuidade do processo. Para este, propôs-se a denominação de sistemas de recompensas. O mecanismo de liberação da dopamina é complexo. Há evidência que, além do nucleus acumbens, interferem no processo o putamen, o nigro-estriado e a área ventral tegmentar, todos com receptores nicotínicos. O sistema acetilcolina, colinérgico, nAChRs, possui também relevante participação na síndrome de abstinência da nicotina e no processamento da nicotino-dependência. A dopamina também tem subunidades, D1, D2, D3, D4, D5. Todas produzem estado prazeiroso no fumante. Genes com grande polimorfismo estão envolvidos nos receptores e no transporte de neuro-transmissores. Às subunidades da dopamina correspondem os genes DRD1, DRD2, DRD3, DRD4 e DRD5. O gene DRD2 produz grande compulsão de fumar. A dopamina tem ainda mais um gene transportador, SLC6A3. Os genes SHT e SLC6A4 são, respectivamente, receptores e transportadores de serotonina. O gene tirosina hidroxilase (TH) é importante por estar envolvido na síntese de vários neurotransmissores. A metil-feniltetrahidropiridina (MFTP) metaboliza e decompõe a dopamina e reduz sua atividade. A integridade da MFTP é mantida pela enzima monoamino-oxidase B (MAO), que por sua vez tem sua concentração diminuída nos fumantes, por efeito da nicotina. Em síntese, a nicotina é responsável pela liberação de dopamina, agindo por duas vias: de um lado, ativa os centros dopaminérgicos aumentando a quantidade de dopamina; por outro, diminui a concentração de MAO no cérebro decorrendo a decomposição da MFTP. Esta perde sua atividade. Em conseqüência, a dopamina permanece íntegra e sua liberação é maior. Marcando MAO com radiotraçadores, a tomografia com emissão de positrons revela a ausência da referida enzima no cérebro dos fumantes. Gene com cinco polimorfismos é responsável pela produção e síntese de MAO que mantém a integridade de MFPT, variando em consequência a síntese e liberação de dopamina. Um dos tratamentos para cessar de fumar pesquisou o efeito da moclobemida, que tem a propriedade de restaurar a monoaminoxidase B, bloqueando assim a liberação da dopamina. Os resultados foram relativamente satisfatórios, impondo-se a ampliação dos estudos para apurar o real valor desse tipo de terapêutica. As citadas diferenças de unidades receptoras dopamínicas e colinérgicas estão implicadas nas variações dos efeitos da nicotina no ser humano e orientam os alvos da ação de agonistas nicotínicos utilizados nos tratamentos para deixar de fumar. Uma das variações de importância é que a liberação colinérgica é suprimida com a ação de altas doses de nicotina. Há evidência que a nicotina favorece sinapses de neurônios do hipocampo, com repercussões na cognição e na memória pela liberação colinérgica. A interferência nas sinapses pode estar associada, por outro lado, à diminuição da liberação colinérgica na doença de Alzheimer. Conseqüência significativa é o fato constatado nos animais e nos humanos, que pela ação receptiva da nicotina, operam-se modificações no cérebro dos tabagistas, como, por exemplo, o aumento do número e da densidade dos receptores nicotínicos em comparação com os não-fumantes, nas mesmas faixas-etárias e do mesmo sexo. Esse aumento de receptores nicotínicos evidenciou-se em animais tratados com nicotina e, no cérebro, em autópsias de tabagistas. O aumento da densidade dos receptores nicotínicos não tem correspondência paralela com a sensibilidade à nicotina. Após a ligação desta com aqueles se estabelece fase de insensibilidade. Entre os cigarros fumados, cai o nível de nicotina no cérebro. O restabelecimento da sensibilidade, com o tempo, passa a exigir doses mais elevadas de nicotina. Essa tolerância explica a taquifilaxia que ocorre no tabagismo. A taquifilaxia é a introdução de pequena dose de tóxico que protege (imuniza) contra novas doses administradas repetidamente a intervalos curtos. É o que sucede com a nicotina e receptores nicotínicos cerebrais. Uma das hipóteses para a taquifilaxia no tabagismo é a dessensibilização dos receptores nicotínicos colinérgicos, envolvendo modificações resultantes do aumento de sua capacidade de ligar-se com agonistas, decrescendo a propriedade de transporte de íons. Estudos recentes sugerem que, não obstante o aumento da densidade dos receptores nicotínicos, eles se insensibilizam ou inativam, pela administração crônica de nicotina, sendo recrutados novos receptores para compensar a referida insensibilização. Estabelece-se nesse intervalo, fase de tolerância, que é dose-dependente, sendo esta variável nos indivíduos, influindo fatores genéticos nessas diferenças. Em suma, a repetição da exposição à nicotina sobre o cérebro produz uma neuroadaptação. Infere-se que o processo de fumar é muito complexo e a peculiaridade singular, é que o tabagista manipula as alterações e manifestações neurocerebrais, regulando o nível de doses de nicotina solicitado pelo organismo, variando a profundidade, o tempo e o número de tragadas. O tabagista manipula também o aporte da nicotina ao sistema nervoso em relação às diferenças, eventualmente, dos tipos de cigarros, fortes, fracos, com ou sem filtros e outras características imponderáveis. A monoaminoxidase B (MAO), marcada com radio-traçadores, está presente nos cérebros de não-fumantes e ausente nos fumantes, propiciando liberação de dopamina, produzindo euforia, estado prazeroso.


Fonte: Nicotina - Droga Universal. Dr. Rosemberg, José.


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Marcos Fleury

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Rio de Janeiro, RJ
Professional Counselling Diploma. The KEW Academy. Professional Addiction Counselling Diploma. The KEW Academy. Especialização em Psicanálise e Neurociência PUC - RIO. Especialização em Dependência Química pelo CBP - RIO.