BLOG CRIADO PARA O ESTUDO E PESQUISA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA E DROGAS DE ABUSO, COM UMA VISÃO NEUROCIENTÍFICA, TENDO COMO OBJETIVO A PREVENÇÃO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA, ATRAVÉS DE CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO SOBRE AS SUBSTÂNCIAS DE ABUSO, VISANDO ESCLARECER OS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE, CIENTISTAS, ESTUDANTES OU PESSOAS INTERESSADAS NA ÁREA DAS CIÊNCIAS BIOMÉDICAS E DA SAÚDE, COM PARTICULAR INTERESSE EM NEUROCIÊNCIAS E DEPENDÊNCIA QUÍMICA.

sábado, 31 de agosto de 2024

O que é Crack?

 






O que é crack? 

Definições:

O crack é uma droga ilícita que age no sistema nervoso central, sendo uma substância psicoativa estimulante, derivada da cocaína.


Trata-se de uma combinação de cloridrato de cocaína, também chamado de base livre como bicarbonato de sódio ou amônia e água, assim reunindo os efeitos mais fortes da cocaína e sendo a segunda droga mais viciante do mundo, perdendo apenas para a heroína.


Não sem motivo, possui efeitos semelhantes ao da cocaína, porém de forma potencializada, mais forte e de menor duração. Os efeitos duram em média de 5 a 10 minutos.


O seu efeito mais marcante é a euforia que dura pouco e rapidamente gera a necessidade de reproduzi-la, trazendo a necessidade de mais e mais ao organismo.


O nome Crack dado a essa droga vem do barulho de estalo característico que ele produz.


O que é uma pedra de crack?



A pedra de Crack é a forma mais encontrada dessa substância, sendo uma espécie de cristal da cocaína, que pode ser consumida de forma inalada através de cachimbos, ou em utensílios improvisados para tal, assim como latas de alumínio, fazendo o que eles chamam de “tiro na lata”.


Um uso menos popular é a mistura de fragmentos dessa pedra de Crack em cigarros de nicotina e em cigarros de maconha.


A pedra de crack em sua forma mais “pura” é de cor mais esbranquiçada e com bordas mais claras.


O uso do crack no Brasil


A droga se introduziu no Brasil em meados do final da década de 1980 e início da de 1990, oficialmente a primeira apreensão dessa droga pela polícia federal deu-se no ano de 1990.


Com o passar dos anos sem uma política pública contra as drogas que fosse eficiente, o Crack se popularizou. O seu consumo se alastrou rapidamente, pois produzia efeitos ainda mais fortes e mais rapidamente que a cocaína e é muito mais barata.


A maioria que consome essa substância são os mais jovens, principalmente aqueles com histórico de consumo de múltiplas drogas, família desestruturada, possuir transtornos mentais e/ou problemas e outros crônicos.


Segundo dados do LENAD (levantamento Nacional de álcool e drogas) mais de 2 milhões de pessoas já usaram a substância em algum momento de sua vida, não sendo o bastante o Brasil é considerado o maior mercado dessa droga no mundo.


Qual é a diferença entre o crack e a cocaína?


O crack é um subproduto da cocaína, um produto derivado da pasta base da droga. O que seria a sobra do processo da cocaína é combinado com outros materiais até formar o Crack.


Apesar disso, o Crack possui uma absorção mais rápida e efeitos ainda mais fortes que a cocaína. A administração ou o modo como é ingerido também difere, sendo o Crack tipicamente fumado e a cocaína comumente inalada.


Pode se dizer que o crack é uma versão mais “suja” da cocaína, quando se fala em questão de pureza da substância, uma vez que o crack é a mistura da pasta base que sobra da produção da cocaína com bicarbonato de sódio e água, que após isso passa por um processo de decantação por aquecimento.


Por ser feito de forma clandestina acaba por conter outras substâncias desconhecidas e maléficas em suas misturas, o que pode acabar potencializando o efeito prejudicial.


Como o Crack age na mente do usuário


O crack é uma droga estimulante e traz consigo efeitos como euforia, sensação de prazer intenso, aumento de energia, aumento do fluxo sanguíneo e alterações na percepção e de pensamento.


Esses efeitos contribuem para que dores, sejam elas físicas ou psicológicas, sejam atenuadas ou completamente esquecidas durante o tempo em que o usuário está sob o efeito da substância.


Como o efeito é de curta duração, a busca por quantidades cada vez maiores da droga é comum. Apesar de outras drogas fornecerem efeitos semelhantes nesse sentido, o crack é muito mais poderoso..


Tolerância a outros tipos de drogas


Para aqueles que já costumam usar outras drogas, existe um mecanismo do corpo chamado tolerância, que faz com que o corpo vá se acostumando com as substâncias usadas e necessite cada vez.


Com o passar do tempo isso pode se tornar um grande custo financeiro, de tempo e de costume. E como o crack tem efeito potente e é barato, muitos migram para ele.


Migram também porque as drogas que usavam já não causam mais o mesmo efeito no corpo, então tentam substituí-las.


Quais são os principais sintomas do uso do crack?


Em alguns tópicos acima, já venho comentando sobre os principais sintomas, mas agora irei explicar melhor e detalhadamente cada um deles.


Essa é uma droga que possui amplos efeitos físicos e psicológicos. Seu uso abusivo ou prolongado pode causar consequências ainda mais destrutivas, como uma overdose fatal.


Aqueles que se tornam dependentes podem até mesmo deixar de comer e dormir por certo tempo, chegando a casos em que perdem 10 quilos em um mês. 


Ela compromete também o senso estético e a higiene da pessoa, que passa a se descuidar disso, pois o Crack é a única coisa que importa.


Ansiedade


Como dito anteriormente, um dos efeitos mais marcantes do crack é a euforia, acompanhada pelo aumento do fluxo sanguíneo, por isso o uso frequente da droga pode causar ansiedade.


Podendo ser desde um sentimento de ansiedade mais exacerbado, até o desenvolvimento de um transtorno mental mais grave.


Essa ansiedade será um artifício usado para a pessoa consumir cada vez mais, já que ficará sempre ansiando pelo momento do uso.


Irritabilidade


A droga também pode gerar irritabilidade, deixando a pessoa facilmente irritada e com raiva, sendo esse efeito potencializado quando o corpo não está sob efeito da substância.


O corpo age procurando uma forma de conseguir mais para manter o equilíbrio do corpo, que só pode ser alcançado pelo uso da droga.


Agitação


A agitação é gerada principalmente pelo sentimento de euforia e do aumento do fluxo sanguíneo, fazendo com que durante o efeito da pedra, a pessoa se sinta “ligada”, ou mais ativa.


Isso traz um sentimento de mais energia, então o corpo tentará se agitar para descarregar essa energia.


Insônia


Boa parte dos usuários o faz em locais específicos e escondidos, e alguns preferem fazer isso a noite para não serem flagrados. Toda a energia e agitação gerada pelo crack fará com que o indivíduo não durma.


E mesmo com o uso diurno, se o uso for recorrente, como geralmente é, o excesso de energia também pode reduzir o sono, até que uma hora o corpo entenda que não é necessário dormir, e gere a insônia.


Perda de apetite


Outro sintoma é a perda de apetite, que como citei anteriormente, pode gerar desnutrição e assim fazer com que a perda de peso seja grande em um curto período.


Além dos efeitos no peso corporal da pessoa, essa desnutrição pode ainda gerar doenças nos rins, bexiga e intestinos, pela falta de comida e dose de água reduzida.



Efeitos imediatos do uso


O crack é uma forma de cocaína que pode ser fumada e é altamente viciante, assim que o mesmo é inalado seus efeitos são sentidos de forma instantânea Os usuários que fazem o uso desta droga, vivem uma euforia intensa e rápida, popularmente chamada de rush, e com isso essa sensação vem acompanhada de hiperatividade, fazendo com que os usuários fiquem agitados e falantes.  


Mas, muitas vezes esses momentos eufóricos são seguidos por uma queda abrupta desse sentimento, levando a uma série de efeitos negativos imediatos. Muitos usuários relatam sentimentos de paranóia intensa, ansiedade extrema e agitação. 


Outro efeito imediato que traz preocupação enquanto o uso do crack é a supressão do apetite, além da desidratação. Os usuários muitas vezes perdem a vontade de comer e beber, o que causa uma deterioração rápida da saúde física. O crack também tem a capacidade de afetar o discernimento e a tomada de decisões do indivíduo, tornando os usuários mais propensos a se envolverem em comportamentos arriscados para suas próprias vidas.


Mudanças de comportamento e aparência


Outro sintoma que pode ser acompanhado no uso do crack é a mudança de comportamento, uma vez que a droga causa momentos intensos de euforia passando pelos vários efeitos neurológicos e psicológicos da droga. Sendo assim, quando o efeito da droga diminui o usuário pode apresentar irritabilidade, ansiedade, e agitação.


Além disso, o crack promove uma depreciação das habilidades cognitivas, fazendo a tomada de decisão, o foco, o desempenho serem totalmente prejudicados, alterando a qualidade de vida do usuário.


Com isso além da mudança de comportamento, existe também a mudança na aparência, o crack suprime o apetite do indivíduo alterando sua alimentação, deixando-o desnutrido, com seus ossos aparentes e além do mais esta droga também ocasiona problemas dentários, fazendo o esmalte dos dentes se desgastar, causando sua deterioração.


Como o crack age no organismo?


O crack age primordialmente sobre o sistema nervoso central e sobre o sistema cardíaco, gerando efeitos físicos e psicológicos, podendo afetar inclusive coração, rins, pulmões, intestino, pele e a área neurológica da pessoa.


O crack começa sua ação pelo sistema nervoso central, estimulando a atividade cerebral, dando uma maior sensação de autoconfiança, isso acontece principalmente pela liberação de certos hormônios, como a dopamina e a adrenalina.


A dopamina é o hormônio do bem-estar e do prazer, e nessa situação é quem provoca a euforia, ansiedade, agitação e autoconfiança, aliado ao efeito da adrenalina que traz consigo a perda de apetite, irritabilidade e aumento da pressão arterial.


A fumaça ainda ataca todo o sistema respiratório, podendo gerar tosse, falta de ar e aumento na chance de pneumonia e tuberculose.


– Por que o crack vicia o usuário?


O crack possui a mesma substância ativa da cocaína e assim como ela, atua nos neurotransmissores e no sistema de recompensa do cérebro, neurotransmissores como a dopamina e noradrenalina.


Esses neurotransmissores são responsáveis pelo prazer, bem-estar, humor e concentração. A droga os atinge de forma exacerbada, num nível tão elevado que seu cérebro pode ficar refém do efeito químico e sentir vontade de repeti-lo.


A repetição do efeito afetará o psicológico também, fazendo com que com poucos usos a pessoa fique quimicamente e psicologicamente viciado na droga.


– Por que o crack faz emagrecer?


Um dos sintomas do Crack é gerar alterações no apetite e no ciclo de sono, dessa forma a pessoa passa a comer menos e ter problemas de sono excessivo ou insônia.


O usuário muitas vezes fica fissurado pelo efeito do crack e pode passar dias fora de casa se alimentando mal e dormindo pouco ou mal. O dependente acaba emagrecendo, pois o efeito da droga é tão forte que a pessoa se esquece de fazer coisas básicas como comer e dormir.


O uso do crack pode levar à overdose?


Overdose é o consumo em uma dose muito mais alta do que o recomendado em um determinado período.


Obviamente, se alguém consumir altas dosagens de crack pode sofrer uma overdose levando à morte. 


Sendo uma droga que facilmente pode levar a um consumo desenfreado, o risco de overdose é alto.



sexta-feira, 30 de agosto de 2024

O que são Opioides e por que estes Medicamentos causam vício?

 

Os opioides, como são conhecidas todas as substâncias derivadas da papoula de ópio, são analgésicos e sedativos extremamente potentes, que também provocam uma sensação exagerada e momentânea de bem-estar. Por conta disso, se tornam suscetíveis ao uso recreativo e indevido, levando facilmente à dependência e ao vício.


Existem vários tipos de analgésicos opioides, que também podem ser chamados de opiáceos. Geralmente são prescritos para dores moderadas ou extremas, quando analgésicos comuns, como paracetamol ou ibuprofeno não conseguem controlar a aflição do paciente. Exemplos comuns incluem a dor após cirurgias ou acidentes de carro e no tratamento de câncer.


Se forem usados apenas para tratar um episódio breve de dor intensa, há poucas chances dos opioides causarem dependência química. No entanto, se um paciente utilizar esses medicamentos durante muito tempo para cuidar de dores crônicas, o risco de vício aumenta. Com efeito analgésico e sedativo, esta classe de medicamentos pode levar à dependência química.

Nos últimos anos, vários países estão sofrendo com uma série de overdoses e mortes causadas por medicamentos utilizados, inicialmente, no tratamento da dor. Os números assustam: segundo pesquisa divulgada pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), 300 pessoas morrem por dia nos Estados Unidos devido ao uso de fentanil, opióide considerado 50 vezes mais potente que a heroína.


Dependência Química de Opioides.


Os opioides se conectam aos receptores específicos presentes no cérebro, na medula espinhal, no intestino e em outras regiões do corpo. Desse modo, conseguem mudar a maneira com que o paciente sente a dor, causando efeito analgésico.


Também alteram a forma com que a dor é sentida, além de aumentar a resistência à dor. Outro efeito muito comum é uma sensação profunda de euforia: a pessoa passa a ter um sentimento potente de contentamento, felicidade e bem-estar. Em alguns casos, também pode apresentar agitação.


Quais são os tipos de opioides?


É possível classificar esses medicamentos da seguinte forma:


• Opioides fracos: como a codeína e a di-hidrocodeína


• Opioides fortes: como tramadol, fentanil, morfina, oxicodona e metadona


Mesmo que os opioides estejam classificados da mesma forma, eles podem variar em força e efeito. O fentanil e a morfina, por exemplo, são considerados muito mais potentes do que o tramadol.



O uso prolongado de opioides pode causar tolerância. Ou seja, o medicamento deixa de funcionar tão bem quanto no início e a pessoa passa a precisar de uma dose mais alta para tratar a dor.


Com o tempo, a tolerância é capaz de levar à dependência química.


Como esses medicamentos afetam o nosso corpo e quais são os efeitos?


Os opioides se conectam aos receptores específicos presentes no cérebro, na medula espinhal, no intestino e em outras regiões do corpo. Desse modo, conseguem mudar a maneira com que o paciente sente a dor, causando efeito analgésico.


Também alteram a forma com que a dor é sentida, além de aumentar a resistência à dor. Outro efeito muito comum é uma sensação profunda de euforia: a pessoa passa a ter um sentimento potente de contentamento, felicidade e bem-estar. Em alguns casos, também pode apresentar agitação.


Mesmo que os opioides estejam classificados da mesma forma, eles podem variar em força e efeito. O fentanil e a morfina, por exemplo, são considerados muito mais potentes do que o tramadol.


A prescrição depende dos sintomas apresentados pelo paciente, das características e da intensidade da dor, além das análises médicas.


Quem pode precisar de opioides para aliviar a dor?


Os opioides são prescritos para pessoas que apresentam dores momentâneas (quadros agudos) ou crônicas.


As dores agudas geralmente são resultantes de traumas ou acidentes, que ocorrem ao cair, bater alguma parte do corpo ou quebrar um osso. Repentinas e de breve duração, são solucionadas quando o problema que as geram é resolvido. Esse tipo de dor também pode resultar de:


• Cálculo renal


• Queimaduras


• Entorses ou distensões


• Enxaqueca


• Infecções


• Cirurgias


Já as dores crônicas se repetem ou duram mais de três meses. Geralmente estão associadas a doenças crônicas, como:


• Câncer


• Artrite


• Artrose


• Diabetes


• Fibromialgia


• Endometriose


O uso prolongado de opioides pode causar tolerância. Ou seja, o medicamento deixa de funcionar tão bem quanto no início e a pessoa passa a precisar de uma dose mais alta para tratar a dor.


Com o tempo, a tolerância é capaz de levar à dependência química.


Riscos e consequências da dependência de opioides


Um dos maiores problemas quanto à prescrição médica de opioides é a tolerância e a dependência química. É importante dizer que estar dependente do medicamento não significa que o paciente está viciado, mas sim que ele pode apresentar sintomas de abstinência caso o uso seja interrompido repentinamente.


As crises de abstinência são caracterizadas por:


• Tremores


• Espasmos musculares


• Ansiedade e anseio de tomar o remédio


• Agitação


• Aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial


• Febre


• Calafrios


• Náuseas e vômitos


• Diarreia


• Perda de apetite


• Dores musculares em todo o corpo


• Insônia


• Bocejos


• Câimbras na região da barriga



Efeitos colaterais comuns dos opioides


Assim como qualquer tipo de medicamento, os opioides causam efeitos colaterais. Quanto mais forte for o opiáceo, a tendência é que os sintomas indesejados sejam piores. Isso inclui:


• Sonolência e cansaço


• Náuseas e vômitos


• Tontura e desmaios


• Constipação intestinal (dificuldade em evacuar)


• Alucinações e outras alterações mentais, como pesadelos


• Confusão mental (principalmente em idosos)


• Coceira (prurido)


• Rubor facial (vermelhidão súbita da pele)


• Respiração lenta


• Dificuldade para urinar


Diferença entre vício e dependência química: a linha tênue entre o uso analgésico e recreativo


A dependência está ligada à necessidade do corpo físico ou mental de ter contato com as substâncias opiáceas. Isso pode acontecer, inclusive, com qualquer paciente que utilize as doses prescritas pelo médico, sem apresentar qualquer indício de abuso.


Nesses casos, o indivíduo continua tomando a medicação para não ter sintomas de abstinência e, também, para aliviar as dores que sente (as mesmas que levaram ao uso inicial do opioide). É possível tratar a dependência química com a diminuição gradual das doses, fazendo com que o organismo se acostume aos poucos.


O vício, por outro lado, é um desejo excessivo e praticamente incontrolável em ter os efeitos dos opioides no corpo. Trata-se de um comportamento compulsivo, em que a pessoa pode deixar de pensar nas consequências dos seus atos, muda a sua postura e fica em constante procura pela droga.


Indivíduos viciados tendem a aumentar as doses por contra própria e escalonar os tipos de opioides utilizados. Por exemplo, a pessoa pode iniciar tomando codeína e partindo para o uso de drogas mais fortes, como morfina ou fentanil, considerado o opioide mais potente disponível para seres humanos.


Nesses casos, muitas vezes continuam sentindo desejo pelos opiáceos mesmo após a diminuição das doses. O vício é considerado uma condição psiquiátrica, que deve ser tratada por meio de reabilitação.


Overdose e mortes: por que os opioides preocupam?


O uso indiscriminado de opioides potentes, sobretudo o fentanil e a heroína (que também é uma classe de opiáceos, embora não seja legalizada) leva a quadros de overdoses.


Vários países estão sofrendo com a crise causada por essas drogas, em especial os Estados Unidos. De acordo com órgãos de saúde estadunidenses, em 2022, o país atingiu a marca de 100 mil mortes por overdose, sendo que 66% dos casos foram causados pelo abuso de fentanil.


No Brasil, ainda não há dados que confirmem uma possível crise causada por esses medicamentos. No entanto, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam para o crescimento da demanda por opioides sintéticos dentro e fora das farmácias. Em outro estudo feito pela própria Fiocruz, foi revelado que cerca de 4,4 milhões de pessoas fizeram o uso de opioides sem prescrição médica.


Como buscar ajuda para dependentes e viciados em opioides?


Pessoas viciadas em opioides precisam procurar ajuda especializada para voltar a viver bem e sem a fissura pela droga. A melhor maneira é por meio de uma reabilitação segura, que envolva terapias comportamentais com psicólogos e psiquiatras, e a prescrição de remédios que combatam os sintomas de abstinência.


Pacientes com dependência dos opiáceos devem consultar o médico que prescreveu a medicação para fazer um acompanhamento e diminuir as doses gradualmente.


Overdoses causadas por essas substâncias podem ser revertidas pela aplicação imediata de um medicamento chamado naloxona. Esse remédio se conecta aos receptores e bloqueia o efeito dos opiáceos. Caso você presencie uma suspeita de overdose, o recomendado é ligar para um serviço de emergência médica.




O que é Ecstasy?

 

O Ecstasy conhecido popularmente como droga do amor, trata-se de uma substância psicoativa, classificada quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina ou MDMA. 

A bala ecstasy ficou bastante popular como droga do amor por aumentar a percepção de cores e sons, e também por expandir a sensibilidade física do usuário. 

O ecstasy é considerado uma droga recreativa e conta com metilenodioximetanfetamina como princípio ativo. Esse ativo tem o poder de aumentar o estado de euforia, além de trazer sensação de prazer e felicidade ao usuário. 

Apesar de ser uma droga que oferece sensações positivas ao usuário, a bala ecstasy é extremamente perigosa, capaz de causar desidratação e elevação da temperatura do corpo, efeitos que podem levar a derrames cerebrais e ao óbito.

Seus efeitos eufóricos têm duração de 4 a 8 horas, isso mesmo quando ingerida oralmente ou injetada. Mesmo com efeitos que podem trazer sensação de bem-estar ao usuário, é uma droga bastante perigosa que pode levar à morte.

Quais são os efeitos do Ecstasy no corpo? 

No Ápice dos efeitos do ecstasy, podem surgir sintomas perigosos, que por conta da sensação de bem-estar da substância, são ignorados pelo usuário. Entre os efeitos perigosos estão: 

• Náuseas;

• Desidratação;

• Hipertermia;

• Hiponatremia;

• Hipertensão;

• Surtos psicóticos;

• Entre outros.

A bala de ecstasy quando ingerida com bebidas alcoólicas, ainda pode resultar em choque cardiorrespiratório e levar à morte. 

Efeitos psicológicos e comportamentais da droga conhecida como “bala”

Muito conhecido também como “bala”, o ecstasy pode causar danos psicológicos e comportamentais no usuário dessa droga. 

Isso acontece porque o excesso de produção de serotonina provocado pelo ecstasy, traz graves lesões nas células nervosas do corpo, comprometendo o seu funcionamento. A bala pode causar danos como:

• Morte súbita por colapso cardiovascular;

• Ataques de pânico;

• Perda de memória;

• Dificuldade de tomar decisões;

• Depressão profunda;

• Paranoias;

• Alucinações;

• Despersonalização;

• Impulsividade;

• Perda do autocontrole;

• Entre outros danos.

Tipos de Ecstasys comuns

Os tipos mais comuns de ecstasy, são: metilenodioxietanfetamina (mdea); metanfetaminas; anfetamina; paracetamol; cafeína e ketamina.

Quanto tempo o Ecstasy fica no corpo?

É possível encontrar ecstasy no organismo até 180 dias depois do uso. Na urina encontra-se a droga até quatro dias depois, nos cabelos pode ser encontrado até 90 dias depois e nos pelos corporais, até 180 dias.


Informações Acadêmicas e Pessoais

Minha foto
Rio de Janeiro, RJ
Professional Counselling Diploma. The KEW Academy. Professional Addiction Counselling Diploma. The KEW Academy. Especialização em Psicanálise e Neurociência PUC - RIO. Especialização em Dependência Química pelo CBP - RIO.