BLOG CRIADO PARA O ESTUDO E PESQUISA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA E DROGAS DE ABUSO, COM UMA VISÃO NEUROCIENTÍFICA, TENDO COMO OBJETIVO A PREVENÇÃO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA, ATRAVÉS DE CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO SOBRE AS SUBSTÂNCIAS DE ABUSO, VISANDO ESCLARECER OS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE, CIENTISTAS, ESTUDANTES OU PESSOAS INTERESSADAS NA ÁREA DAS CIÊNCIAS BIOMÉDICAS E DA SAÚDE, COM PARTICULAR INTERESSE EM NEUROCIÊNCIAS E DEPENDÊNCIA QUÍMICA.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Dependência Química e Vício


Introdução


Existem muitas questões sobre a natureza do vício. A negação é um bom indicador de dependência? Algumas drogas realmente causam tanta dependência quanto as pessoas dizem? Quando se trata de questões sobre prevenção do uso de drogas e álcool, existem muitas táticas, mas convencer uma pessoa a não usar essas substâncias é muito difícil, principalmente quando usamos argumentos exagerados, já que o exagero provoca sentimentos de desconfiança.

Talvez o melhor caminho para a prevenção do abuso de substâncias seja a compreensão clara do processo de dependência e dos efeitos que ela pode ter no usuário. Com esse intuito, pesquisadores chegaram a um ponto de vista bem colocado com base na ciência sobre o vício. Aprendemos muito nas últimas décadas, incluindo a idéia de que o vício pode ser não apenas de abuso de substâncias, mas também relacionado a comportamentos, como sexo e alimentação.


Embora tenhamos nos aprofundado no estudo do vício, ele ainda é um conceito relativamente novo. Durante algumas centenas de anos, e durante séculos antes disso, a visão geral em relação ao álcool era de que as pessoas simplesmente queriam consumir vez por outra a bebida, e não por uma necessidade interna ou externa [fonte: Levine]. Mas como surgiram relatos e confissões de pessoas que tinham um desejo irresistível de consumir álcool e drogas (uma vez que se tornaram mais acessíveis), nossa idéia sobre algumas substâncias mudou, e acabamos desenvolvendo o conceito do vício.

Acreditava-se originalmente que certas substâncias, como o álcool e, posteriormente, o ópio, tinham propriedades viciantes, o que significa que seu conteúdo era considerado o culpado. Essa idéia logo mudou, e o vício passou a fazer parte do caráter do viciado. A dependência de drogas e álcool era vista como uma falha da personalidade - que a pessoa não conseguia se comportar. Posteriormente, o vício passou a ser visto como algo de que a pessoa sofria, como uma doença.

Embora tenhamos conhecimento de que certas substâncias agem no cérebro de forma a fazer com que a pessoa queira usar mais, os viciados em droga e os alcoólatras ainda são considerados pela sociedade como pervertidos; afinal de contas, eles preferiram usar drogas em primeiro lugar. E com todos os dados disponíveis e os avanços médicos na identificação de diferentes aspectos do abuso de álcool e substâncias, a ciência ainda está trabalhando com algumas questões importantes, como a possibilidade de as substâncias serem viciantes ou as pessoas serem viciadas nas substâncias - ou os dois.

Nesse artigo, examinaremos as idéias atuais sobre o vício e veremos as formas como a ciência está dando continuidade a sua pesquisa para compreender, de uma vez por todas, o mistério do vício.

Critérios da Organização Mundial da Saúde para inclusão de Dependência Química no CID (Classificação Internacional de Doenças):Um diagnóstico definitivo de dependência deve usualmente ser feito somente se três ou mais dos seguintes requisitos tenham sido experenciados ou exibidos em algum momento do ano anterior:(a) um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância;(b) dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término e níveis de consumo;(c) um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: síndrome de abstinência para a substância ou o uso da mesma substância (ou de uma intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar sintomas de abstinência;(d) evidência de tolerância, de tal forma, que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;(e) abandono progressivo de prazeres e interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessária para se recuperar de seus efeitos;(f) persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências manifestamente nocivas. Deve-se fazer esforços claros para determinar se o usuário estava realmente consciente da natureza e extensão do dano.A Dependência Química se torna cada vez mais um grande problema social, familiar e individual. Estudos científicos apontam alguns fatores de risco que contribuem para o avanço dessa doença. São eles: ineficiência de vínculos parentais, ausência de diálogo, relacionamento materno insuficiente, falta da figura paterna, práticas disciplinares inconsistentes, dificuldade de estabelecer limites, superproteção, extremo autoritarismo associado a pouco zelo e afetividade nas relações, envolvimento do adolescente em grupos de risco e dificuldades escolares.Além da existência de fatores externos existem ainda os de ordem interna como: dificuldades para tolerar frustrações, baixa auto-estima, timidez, Transtorno de Conduta, Transtorno Depressivo, Transtorno de Ansiedade e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.Estratégias de Prevenção:Pesquisas indicam que as condições de formação de uma personalidade resiliente são:colocar expectativas claras relativas ao comportamento, monitorar e supervisionar as crianças e adolescentes,reforçar com consistência atividades que favoreçam a socialização, criar oportunidades para o envolvimento familiar; promover o desenvolvimento das habilidades acadêmicas e sociais dos jovens. Tratamento:Em situações onde a Dependência Química já se consolidou como doença é preciso definir a melhor forma de intervenção que poderá ser: internação clínica/hospitalar para desintoxicação, posteriormente, continuação da medicação aliada à psicoterapia e grupos de apóio.

Drug Abuse And Dependence

Definition

Drug dependence (addiction) is compulsive use of a substance despite negative consequences which can be severe; drug abuse is simply excessive use of a drug or use of a drug for purposes for which it was not medically intended.

Physical dependence on a substance (needing a drug to function) is not necessary or sufficient to define addiction. There are some substances that don't cause addiction but do cause physical dependence (for example, some blood pressure medications) and substances that cause addiction but not classic physical dependence (cocaine withdrawal, for example, doesn't have symptoms like vomiting and chills; it is mainly characterized by depression).



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